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Olá estimado(a) leitor(a).
Nesta oportunidade darei continuidade ao assunto “câmbio”.
Continuando o assunto câmbios, vamos falar, agora, a respeito do câmbio automático.
O câmbio automático possui uma concepção bem diferente dos câmbios mecânicos e automatizados.
A primeira grande diferença encontra-se na transferência de torque e rotação do motor para a caixa.
Nos sistemas mecânicos e automatizados essa transferência ocorre por meio do sistema de embreagem. Já no câmbio automático esse processo ocorre com o uso de um componente chamado conversor de torque. O conversor funciona pelo princípio do acoplamento hidráulico onde uma bomba força a circulação de fluido em uma turbina. Isso faz com que essa turbina entre em rotação e, por estar ligada à caixa, se faz possível a transferência do torque e rotação do motor.
Outra grande distinção do câmbio automático está no sistema de engrenagens. Nos câmbios mecânicos e automatizados as relações de transmissão acontecem, geralmente, pelo engrenamento de duas ou mais engrenagens (motora e movida) e que, durante o engrenamento das marchas se tornam solidárias com suas respectivas árvores por intermédio de cubos e luvas de engate.
Já o cambio automático faz uso de um sistema chamado epicicloidal ou sistema planetário. Esse sistema é composto, basicamente, por uma engrenagem externa a qual se denomina de anelar, uma engrenagem interna chamada de solar e ligando essas duas engrenagens, temos engrenagens menores (de quantidade variada) que são chamadas de satélites (algumas literaturas as chamam de planetárias) presas em um suporte chamado de porta satélites ou porta planetárias.
Com um simples conjunto desse é possível formar 4 marchas para frente e duas marchas em sentido contrário. O segredo para que esse sistema de engrenagens funcione está em como ele é operado. Como vimos, esse sistema é composto de 3 elementos básicos: Engrenagem anelar, engrenagem solar e seus satélites. Dos 3 elementos um precisa ser bloqueado (não girar), o outro elemento precisa receber o movimento e o elemento seguinte será aquele que vai transferir o movimento para fora da caixa. Se dois elementos desses forem bloqueados juntos, o conjunto inteiro se comportará como uma peça única (formando a marcha drive de relação 1:1).
Assim sendo, existem componentes na caixa que são responsáveis por unir um elemento ao outro para a transferência de torque e rotação (são as embreagens) e para travar outras peças (são os freios). Salvo a roda livre (que é um elemento de funcionamento mecânico) os demais conjuntos são aplicados por ação hidráulica em pistões e servos.
Para comandar esse complicado funcionamento entra em cena o corpo de válvulas. Como o nome traduz, é um conjunto de válvulas que tem por objetivo direcionar o fluxo de fluido hidráulico para cada um dos pistões e servos que são responsáveis pelas aplicações das embreagens e freios.
Pela função que desempenha, o corpo de válvulas torna-se um complexo arranjo de válvulas, molas e solenódeis que precisam trabalhar em perfeito sincronismo. Qualquer descompasso que exista o bom funcionamento da caixa fica comprometido.
Como é possível deduzir, o câmbio automático requer uma atenção especial tanto na maneira de operar bem como na sua correta manutenção.
Nesse ponto surge a primeira grande e comum dúvida: o óleo da caixa deve ou não ser trocado?
A resposta é: SIM, ele deve ser trocado.
O fluido da transmissão opera em condições bastante severas e tem uma enorme responsabilidade. Portanto, ao longo do tempo sofre alterações físicas e químicas que passam a alterar o comportamento da caixa e a sua durabilidade. Não existe unanimidade quanto à quilometragem para a troca. Entretanto, algo em torno de 50.000Km a 60.000Km é considerado um bom valor. Vale lembrar que a manutenção em um câmbio automático atinge, com facilidade, altas somas de dinheiro. Uma substituição do fluido não passa nem perto desse valor.
Então, se o fluido é a vida do câmbio e sua troca é feita com valores acessíveis fica a pergunta: Por qual motivo não fazemos a troca? Pense nisso.
Mas, entra em cena outra grande discussão: os fluidos são todos iguais?
A resposta é: NÃO.
Cada fluido possui suas próprias características de viscosidade, aditivação, tolerâncias e etc. Por essas razões, não devemos misturar fluidos e, tampouco, aplicar um fluido diferente daquele recomendado pelo fabricante. Fique atento!!
Se você possui um veículo com esse tipo de transmissão, procure ficar atento à manutenção e a maneira certa de operá-lo.
Se você é reparador e ainda não trabalha com esse tipo câmbio e tem interesse em começar, procure-nos. Oferecemos treinamentos que vão inserir você nesse mercado tão promissor.
Até a próxima!
Hélio Czerny
Instrutor e proprietário da Hellis Treinamento e Desenvolvimento
E-mail: helio@hellistreinamentos.com.br
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